Será que as mulheres querem mesmo igualdade de género?

Apesar de trabalhar maioritariamente com homens, não me sinto nem me permito sentir marginalizada.

Não sinto que o meu trabalho é posto em causa, mas também não me considero vangloriada ou apadrinhada pelos colegas. 

Num primeiro impacto, consideraria que não sofria de discriminação ou pressão. 

Contudo, na continuidade da reflexão, de forma consciente ou inconsciente, expressam-se ideias,  atitudes e principalmente comentários que evidenciam o oposto. 

Estupidamente, abre-se lugar a comentários menos felizes dos homens e pior, de algumas mulheres,  que envolvem a rede de trabalho!

  • “Isto é vinho para mulheres!”
  • “O segmento do vinho é mais masculino que feminino!”

Pior que qualquer um destes comentários é o cuidado extremo nas palavras a usar no discurso. 

Como um amigo meu me dizia: “Existe sempre uma segunda intenção, não e é aquela que muitos homens gostavam que fosse”.

Pior, avaliando bem…a competência não basta! Muitas vezes pouco importa!

Se és bonita ou te vestes bem, certamente que vais para uma reunião ou precisas de fechar um negócio, certo?

Posto isto, e não querendo também eu demonstrar uma atitude demasiadamente sexista, defendo que parte da culpa é nossa, das mulheres!

Os filhos ficam doentes, as senhoras querem prioridade no cuidado aos filhos. 

Uma reunião na escola, a mãe tem de estar presente porque o pai não dá conta do recado.

Uma viagem de trabalho, a senhora não pode porque tem de auxiliar nos trabalhos de casa. 

….

Acredito no lutar por direitos e deveres iguais, onde somos colocadas em pé de igualdade na execução de tarefas, mas também não esquecendo que há diferenças naturais entre homens e mulheres e que não há problema nenhum nisso. 

Não adianta lutar por igualdade de salários, por exemplo, sem entender que para isso é preciso ter a mesma produtividade. 

E calma senhoras, não estou a dizer que somos menos capazes!!

Estou a dizer que muitas das mulheres com quem trabalho, optam por natureza por trabalhos menos rentáveis e que permitam maior presença doméstica. 

E volto a dizer…não tem problema nenhum!

Mas será que as mulheres querem mesmo igualdade de género?